terça-feira, 28 de setembro de 2010
Queda de pesquisa
Responsabilidade do voto.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
"Eu acho que ele [Lula] quer, a qualquer custo, fazer a sua sucessora. É por isso que, como dizem no manifesto, ele misturou o homem de partido com o presidente. Aquela coisa de não aceitar a possibilidade de não fazer a sucessora. A impressão que eu tenho é a de que ele faz mais campanha do que a própria candidata. Nunca vi isso, é quase como se fosse uma coisa de vida ou morte para ele."
Gaúcha, 63, ela acrescentou: "É por isso que, como dizem no manifesto [de intelectuais pela democracia], ele [Lula] misturou o homem de partido com o presidente. A impressão que tenho é a de que ele faz mais campanha do que a própria candidata. É quase como se fosse uma coisa de vida ou morte".
Ela também falou do efeito do empate no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a validade da Lei da Ficha Limpa. "Vai interferir muito no processo eleitoral, porque colocou uma quantidade enorme de candidatos no limbo. O que vai acontecer? Ninguém sabe."
Sobre se o fato favorece os fichas-sujas, ela não soube informar. "Não sei, porque pode ocorrer um fenômeno como o que já vinha ocorrendo aqui no DF, onde um candidato ao governo [Joaquim Roriz, do PSC] teve seu registro impugnado desde o início e foi caindo nas pesquisas."
Cureau afirmou ser legal a troca da candidatura de Roriz por sua mulher, Weslian (PSC). "Ele nunca teve uma decisão positiva. O TRE-DF [Tribunal Regional Eleitoral] indeferiu o registro, o TSE manteve o indeferimento e o ministro Carlos Ayres Britto negou o efeito suspensivo no STF. Ou seja: ele perdeu todas.Há um dispositivo na lei dizendo que candidato "sub judice" pode continuar fazendo campanha. Só que, na minha interpretação, Roriz sempre esteve com a candidatura indeferida, e isso não é estar "sub judice". Quanto à possibilidade de colocar a mulher dele, isso pode. Até na véspera você pode substituir, como quando o candidato falece."
No entanto, considera o fato frustrante. "Mais do que frustrante. O candidato sai, mas a foto dele fica na urna. É interessante porque, no regimento do Supremo, existe um dispositivo dizendo que, quando há empate, prevalece a decisão que já existe. Teria de prevalecer, então, a decisão do TSE pela inelegibilidade [de Roriz]."
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, subiu o tom e fez o ataque mais dura a Marina Silva (PV) nesta campanha, durante o debate da TV Record que aconteceu na noite deste domingo no Rio de Janeiro.
Segundo Dilma, houve corrupção no Ministério do Meio Ambiente, quando Marina ocupou o posto entre 2003 e 2008.
"No seu ministério teve pessoas de cargo de chefia envolvidas na venda de madeira", afirmou. "As mesmas providências tomadas por você, eu tomei. Não impede que os casos se repitam. Temos que assegurar que as instituições melhorem", completou a petista.
Pesquisa Datafolha, feita entre os dias 21 e 22 de setembro, mostra que Marina subiu de 11% para 13% das intenções de votos, enquanto Dilma caiu de 51% a 49%. José Serra (PSDB) oscilou de 27% a 28%.
Marina também adotou tom mais agressivo e focou ataques no terceiro bloco do debate contra Dilma. Ela criticou a corrupção e a política de combate ao analfabetismo.
Em sua primeira pergunta, Marina questionou as medidas tomadas para evitar casos de corrupção na Casa Civil após a queda de José Dirceu, quando a petista o substituiu no comando do órgão.
"Uma pessoa que entrou com você, da sua confiança, tudo se repetiu. Tráfico de influência, fisiologismo e acusação até de gente pedindo percentuais. Tudo isso ao lado do presidente Lula. Como isso se repetiu duas vezes sem que nada tivesse sido feito?", disse ela.
"Marina, eu faria a mesma coisa que você", respondeu Dilma, que aproveitou para vincular a rival ao governo Lula chamando-a de "ex-ministra como eu", diz Dilma.
Em seguida, trouxe à tona acusações contra o ministério na época de Marina.
PETROBRAS
Dilma procurou exaltar a capitalização da Petrobras ao questionar Marina sobre o tema. A verde, no entanto, direcionou o debate para a necessidade de uso de mais energia renovável na matriz energética e defendeu que se deixe de priorizar a exploração do petróleo, apesar das descobertas no pré-sal.
"O processo de capitalização é importante. Para evitar o que aconteceu no Golfo do México. Petróleo ainda é um mal necessário. Temos que investir em energias alternativas. A Petrobras pode investir para substituir petróleo. Não queremos o modelo da Venezuela", afirmou.
Em seguida, alfinetou a petista ao dizer que a matriz energética brasileira é cada vez mais suja.
"Quem se preparou para um plebiscito e não um debate não consegue chegar aqui e debater"
A discussão entre Dilma e Marina se estendeu para o tema do analfabetismo. Marina lembrou que não sabia ler nem escrever, e criticou o combate do governo Lula ao problema.
PROGRAMAS ANTI-DROGAS
O tucano José Serra criticou o programa anti-drogas do governo Lula e defendeu a construção de clínicas de atendimento a dependentes químicos.
Marina, porém, afirmou que o governo FHC também tem responsabilidade pelo fracasso no setor. "A pergunta que se deve fazer é o que foi feito e o que continua não sendo feito", disse ela.
Serra prometeu ainda criar 1 milhão de vagas no ensino técnico, e alegou ter duplicado o número de escolas tecnológicas em São Paulo.
Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) defendeu que 10% do PIB seja investido na educação.
Plínio defendeu também salário mínimo de R$ 2.000, criticando a política salarial do governo Lula.
Só faltam os programas de governo
A seis dias das eleições, os brasileiros que têm a intenção de definir ou consolidar o voto a partir dos programas de governo defendidos pelos candidatos se sentirão frustrados. Os candidatos à Presidência que lideram as pesquisas de intenção de voto não divulgaram, ao longo do processo eleitoral, um programa de governo detalhado e direto.
Dilma Rousseff (PT) protocolou no dia 3 de julho no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um documento intitulado Diretrizes do Programa 2011/2014, 'em caráter provisório'. 'O (programa) definitivo deverá contemplar as sugestões de todos os partidos que integram a coligação que apoia a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência', diz a proposta apresentada.
Após divergências internas, a coordenação de campanha da petista alegou que o programa definitivo seria elaborado a partir de um consenso entre todos os partidos que integram a coligação Para o Brasil Seguir Mudando. PT e PMDB, os principais partidos da coligação, elaboraram em seguida pelo menos quatro versões de um novo programa de governo que, até o momento, não foi mostrado à sociedade.
Procurado pelo Estado, o coordenador do programa de governo de Dilma Rousseff, Marco Aurélio Garcia, não respondeu até o fechamento desta edição.
As diretrizes do programa de governo da petista apresentadas até o momento são genéricas e endossam ações iniciadas no governo Lula. 'O PAC-l e o que estará no PAC-2 acentuarão a competitividade da economia brasileira', diz, por exemplo, um item referente a infraestrutura,
A coordenação da campanha de Dilma argumenta que estão sendo elaborados 24 'cadernos setoriais', que terão as propostas e eixos para um eventual governo da petista em áreas diversas, como saúde, educação, segurança pública, entre outros.
Discursos. José Serra (PSDB) respondeu à exigência da Justiça Eleitoral de protocolar um programa apresentando dois discursos feitos por ele, com 14 páginas. O tucano criou um mecanismo interativo na internet para colher propostas para seu programa de governo, mas, até o momento, o material ainda não foi tornado público.
'Acredito que o Estado deve subordinar-se à sociedade, e não ao governante da hora, ou a um partido. O tempo dos chefes de governo que acreditavam personificar o Estado ficou para trás há mais de 300 anos. Luis XIV achava que o Estado era ele. Nas democracias e no Brasil, não há lugar para luíses assim', disse Serra na convenção do PSDB que o oficializou candidato, no dia 12 de junho. Esse é um dos discursos que foi protocolado no TSE como programa de governo.
Aliados de Serra garantem que o programa, com 270 páginas, será divulgado nesta última semana antes da eleição. Mais de 300 propostas da sociedade teriam sido acolhidas e analisadas pela equipe do tucano. O candidato, porém, impediu a divulgação oficial antes que ele próprio fizesse uma revisão de todo o material.
Entre os candidatos, apenas Marina Silva (PV) apresentou uma proposta que mais se assemelha a um programa de governo. Ainda assim, a candidata esclarece que se trata de 'diretrizes do programa de governo'.
No início da campanha, dirigentes do PV afirmavam que Marina apresentaria o mais inovador e ousado programa de governo entre todos os candidatos.
Marina apresentou ao TSE uma segunda versão das diretrizes do programa de governo, em julho. A segunda versão mantém os compromissos da primeira e acrescenta sugestões colhidas entre colaboradores e a partir de debates na internet. Foram incluídas propostas sobre turismo e consumo responsável.
ALGUMAS DAS DIRETRIZES DOS CANDIDATOS
Dilma Rousseff
(Programa provisório)
- Estabilidade econômica e elevação dos investimentos. Melhoria da infraestrutura
- Aumento da renda e políticas públicas de educação, saúde, transporte, habitação e saneamento
- Aprimoramento dos programas de transferência de renda, como o Bolsa-Família
- Ampliação da inclusão previdenciária e o fortalecimento do trabalho formal
- Reforma Tributária
- Criar o Fundo Constitucional de Segurança Pública para instituir e subsidiar o piso nacional das Policias Civil e Militar
José Serra
(A ser divulgado)
- Eliminar PIS/Cofins e ICMS sobre exportações
- Desoneração da folha de empresas de mão de obra intensiva
- Subordinar a PF ao novo Ministério da Segurança
- Não-contingenciamento federal da segurança
- Despolitizar a gestão e profissionalizar o Incra
- Reforma de currículos, tornando-os mais objetivos na educação fundamental
- Universalizar o programa nacional de informática e criar laboratórios de informática em todas escolas públicas nos ensinos fundamental e médio
Marina Silva
(Programa definitivo)
- Governabilidade garantida sem acordos que desvirtuam o papel do Estado
- Austeridade e seriedade no uso dos recursos públicos
- Intolerância com a corrupção: ampla, contínua e irrestrita ação de combate à corrupção e mau uso dos recursos públicos
- Reforma tributária que busque a simplificação e a transparência do sistema
- Reforma da Previdência: transitar de um sistema de repartição para um regime de capitalização, o que demandará forte estrutura de financiamento de longo prazo
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26.09.2010
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sábado, 25 de setembro de 2010
O desmanche da democracia
A escalada de ataques furiosos do presidente Lula contra a imprensa - três em cinco dias - é mais do que uma tentativa de desqualificar a sequência de revelações das maracutaias da família e respectivas corriolas da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. É claro que o que move o inventor da sua candidata à sucessão, Dilma Rousseff, é o medo de que a sequência de denúncias - todas elas com foros de verdade, tanto que já provocaram quatro demissões na Pasta, entre elas a da própria Erenice - impeça, na 25.ª hora, a eleição de Dilma no primeiro turno. Isso contará como uma derrota para o seu mentor e poderá redefinir os termos da disputa entre a petista e o tucano José Serra.
Mas as investidas de Lula não são um raio em céu azul. Desde o escândalo do mensalão, em 2005, ele invariavelmente acusa a imprensa de difundir calúnias e infâmias contra ele e a patota toda vez que estampa evidências contundentes de corrupção e baixarias eleitorais no seu governo. A diferença é que, agora, o destampatório representa mais uma etapa da marcha para a desfiguração da instituição sob a sua guarda, com a consequente erosão das bases da ordem democrática. A apropriação deslavada dos recursos de poder do Executivo federal para fins eleitorais, a imersão total de Lula na campanha de sua afilhada e a demonização feroz dos críticos e adversários chegaram a níveis alarmantes.
A candidatura oposicionista relutou em arrostar o presidente em pessoa por seus desmandos, na crença de que isso representaria um suicídio eleitoral - como se, ao poupá-lo, o confronto com Dilma se tornaria menos íngreme. Isso, adensando a atmosfera de impunidade política ao seu redor, apenas animou Lula a fazer mais do mesmo, dando o exemplo para os seguidores. As invectivas contra a imprensa, por exemplo, foram a senha para o PT e os seus confederados, como a CUT, a UNE e o MST, promoverem hoje em São Paulo um "ato contra o golpismo midiático". É como classificam, cinicamente, a divulgação dos casos de negociatas, cobrança e recebimento de propinas no núcleo central do governo.
Sobre isso, nenhuma palavra - a não ser o termo "inventar", usado por Lula no seu mais recente bote contra a liberdade de imprensa que, com o habitual cinismo, ele diz considerar "sagrada". O lulismo promove a execração da mídia porque ela se recusa a tornar-se afônica e, nessa medida, talvez faça diferença nas urnas de 3 de outubro, dada a gravidade dos escândalos expostos. Sintoma da hegemonia do peleguismo nas relações entre o poder e as entidades de representação classista, o lugar escolhido para o esperado pogrom verbal da imprensa foi o Sindicato dos Jornalistas. O seu presidente, José Camargo, se faz de inocente ao dizer que apenas cedeu espaço "para um debate sobre a cobertura dos grandes veículos".
Mas a tal ponto avançou o rolo compressor do liberticídio que diversos setores da sociedade resolveram se unir para dizer "alto lá". Intelectuais, juristas, profissionais liberais, artistas, empresários e líderes comunitários - todos eles figuras de projeção - lançaram ontem em São Paulo um "manifesto em defesa da democracia", que poderá ser o embrião de um movimento da cidadania contra o desmanche da democracia brasileira comandado por um presidente da República que acha que é tudo - até a opinião pública - e que tudo pode.
Um movimento dessa natureza não será correia de transmissão de um partido nem estará atado ao ciclo eleitoral. Trata-se de reconstruir os limites do poder presidencial, escandalosamente transgredidos nos últimos anos, e os controles sobre as ações dos agentes públicos. "É intolerável", afirma o manifesto, "assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais." "É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade." O texto evoca valores políticos que, do alto de sua popularidade, Lula lança ao lixo, como se, dispensado de responder por seus atos, governasse num vácuo ético.
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comen
Lula é um fenômeno religioso
Lula não é um político - é um fenômeno religioso. De fé. Como as igrejas que caem, matam os fiéis e os que sobram continuam acreditando. Com um povo de analfabetos manipuláveis, Lula está criando uma igreja para o PT dirigir, emparedando instituições democráticas e poderes moderadores.
Os fatos são desmontados, os escândalos desidratados para caber nos interesses políticos da igreja lulista e seus coroinhas. Lula nos roubou o assunto. Vejam os jornais; todos os assuntos são dele, tudo converge para a verdade oficial do poder. Lula muda os fatos em ficção. Só nos resta a humilhante esperança de que a democracia prevaleça.
Depois do derretimento do PSDB, o destino do País vai ser a maçaroca informe do PMDB agarrada aos soviéticos do PT, nossa direita contemporânea. Os comentaristas ficam desorientados diante do nada que os petistas criaram com o apoio do povo analfabeto. Os conceitos críticos, como "razão, democracia, respeito à lei, ética", ficaram ridículos, insuficientes raciocínios diante do cinismo impune.
Como analisar com a Razão essa insânia oficial? Como analisar o caso Erenice, por exemplo, com todas as provas na cara, com o Lula e seus áulicos dizendo que são mentiras inventadas pela mídia? Temos de criar novos instrumentos críticos para entender esta farsa. Novos termos. Estamos vendo o início de um "chavismo light", cordial, para que a "massa atrasada" seja comandada pela "massa adiantada" (Dilma et PT). Os termos têm de ser mudados. Não há mais "propina"; agora o nome é "taxa de sucesso". A roubalheira se autonomeia "revolucionária" - assalto à coisa pública em nome do povo. O que se chamava "vítima" agora se chama "réu". Os escândalos agora são de governos inteiros roubando em cascata, como em Brasília, Rondônia e Amapá - são "girândolas de crimes". Os criminosos são culpados, mas sabem tramar a inocência. O "não" agora quer dizer "sim".
Antigamente, se mentia com bons álibis; hoje, as tramoias e as patranhas são deslavadas; não há mais respeito nem pela mentira. Está em andamento uma "revolução dentro da corrupção", invadindo o Estado em nossa cara, com o fito de nos acostumar ao horror. Gramsci foi transformado em chefe de quadrilha.
Nunca antes nossos vícios ficaram tão explícitos, nunca aprendemos tanto de cabeça para baixo. Já sabemos que a corrupção no País não é um "desvio" da norma, não é um pecado ou crime; é a norma mesmo, entranhada nos códigos e nas almas. Nosso único consolo: estamos aprendemos muito sobre a dura verdade nacional neste rio sem foz, onde as fezes se acumulam sem escoamento. Por exemplo: ganhamos mais cultura política com a visão da figura da Erenice, a burocrata felliniana, a "mãe coragem" com seus filhos lobistas, com o corpinho barbudo do Tuminha (lembram?), com o "make-over" da clone Dilma (que ama a ex-Erenice, seu braço direito há 15 anos), com o silêncio eufórico dos Sarneys, do Renan, do Jucá... Que delícia, que doutorado sobre nós mesmos!
Ao menos, estamos mais alertas sobre a técnica do desgoverno corrupto que faz pontes para o nada, viadutos banguelas, estradas leprosas, hospitais cancerosos, esgotos à flor da pele, tudo proclamado como plano de aceleração do crescimento popular.
Nossa crise endêmica está em cima da mesa de dissecação, aberta ao meio como uma galinha. Meu Deus, que prodigiosa fartura de novidades imundas, mas fecundas como um adubo sagrado, belas como nossas matas, cachoeiras e flores.
Os canalhas são mais didáticos que os honestos. Temos assistido a um show de verdades mentirosas no chorrilho de negaças, de cínicos sorrisos e lágrimas de crocodilo. Como é educativo vermos as falsas ostentações de pureza para encobrir a impudicícia, as mãos grandes nas cumbucas e os sombrios desejos das almas de rapina. Que emocionante este sarapatel entre o público e o privado: os súbitos aumentos de patrimônio, filhinhos ladrões, ditadura dos suplentes, cheques podres, piscinas em forma de vaginas, despachos de galinhas mortas na encruzilhada, o uísque caindo mal no Piantela, as flatulências fétidas no Senado, as negaças diante da evidência de crime, os gemidos proclamando "honradez" e "patriotismo".
Talvez esta vergonha seja boa para nos despertar da letargia de 400 anos. Através deste escracho, pode ser que entendamos a beleza do que poderíamos ser!
Já se nos entranhou na cabeça, confusamente ainda, que enquanto houver 20 mil cargos de confiança no País, haverá canalhas, enquanto houver estatais com caixa-preta, haverá canalhas, enquanto houver subsídios a fundo perdido, haverá canalhas. Com esse código penal, nunca haverá progresso.
Já sabemos que mais de R$ 5 bilhões por ano são pilhados das escolas, hospitais, estradas, sem saneamento, com o Lula brilhando na TV, xingando a mídia e com todos os mensaleiros, sanguessugas e aloprados felizes em seus empregos e dentro do ex-partido dos trabalhadores. E é espantoso que este óbvio fenômeno político, caudilhista, subperonista, patrimonialista, aí, na cara da gente, seja ignorado por quase toda a intelligentsia do País, que antes vivia escrevendo manifestos abstratos e agora se cala diante deste perigo concreto que nos ronda. No Brasil, a palavra "esquerda" ainda é o ópio dos intelectuais.
A única oposição que teremos é o da imprensa livre, que será o inimigo principal dos soviéticos ascendentes. O Brasil está evoluindo em marcha à ré! Só nos resta a praga: malditos sejais, ó mentirosos e embusteiros! Que a peste negra vos cubra de feridas, que vossas línguas mentirosas se transformem em cobras peçonhentas que se enrosquem em vossos pescoços, e vos devorem a alma.
Os soviéticos que sobem já avisaram que revistas e jornais são o inimigo deles.
Por isso, "si vis pacem, para bellum", colegas jornalistas. Se quisermos a paz, preparemo-nos para a guerra.
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Taciana Lima, meu anjinho. Você decifrou o Código de Hamurabi, as profecias do apocalipse, os mistérios da tumba redonda, e o apagão dos Incas e dos Maias. Seu pastor deve estar orgulhoso de ti. Quanta perspicácia, quanta sabedoria. Deve ter levado horas a fio até o raciocínio encaixar a conclusão estarrecedora: O Ogro sem um dedo é o anti-Cristo. O povo analfabeto seus discípulos. E agora, o que será de nós mortais? Como sobreviveremos a esse cataclisma apocalíptico? Quem nos redimirá de todo o enganho? Já sei: SERRA SERRADOR, o Zé Baixaria, o profeta do amanhã, o cavaleiro das sombras. ESTAMOS SALVOS.
E relamente ele pode ser uma das Bestas que anunciará o Anticristo. Seu nome formata o 666, pois já estou estudando isto há algum tempo. Colocando o neme de Lula com o acrescimo que le fez. chegamos a 666, que é o número da Besta que emerge do mar, que na bíblia significa povos. Lula tem em si todas as características descritas: engana e goza de uma popularidade imensa. estamos na reta final do surgimento do Anticristo.
Esse Arnaldo deve se olhar no espelho e dizer pra si mesmo: " Eu sou o gostosão !! o sabe tudo !!!, Meu caro, nao entendo porque tanta raiva do Lula, será porque ele é analfabeto e está no poder e voce com tanto estudo fica só dando seus comentarios rebaixistas em jornais e telejornais? Reflita um pouco mais antes de detonar os outros meu jovem !!!
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